sexta-feira, 17 de junho de 2011

Despertar para uma nova consciência














Desde muito nova que senti que tinha uma grande parede de condicionamentos ao meu redor. Sentia-me presa e isso impossibilitava-me de saber quem eu era. Como poderia eu ter um encontro com o meu verdadeiro "Eu Sou" se não sabia o que era a liberdade, principalmente a liberdade de fazer as minhas próprias escolhas e seguir a minha intuição?

Era nova e ainda a minha personalidade estava bastante influenciada pelos meus pais, que me queriam manter sempre protegida por aquelas paredes que me rodeavam, pois eles sabiam que a vida que se encontrava do outro lado não era fácil. Não os julgo... acho normal que os nossos pais nos queiram proteger e evitar que cresçamos rápido de mais. No entanto acredito que cada ser humano tem o seu próprio ritmo de crescimento e evolução, e independentemente dos condicionamentos, cada um de nós segue esse ritmo pois somos nós próprios que o criamos. E comigo assim se passou.
Aos poucos comecei a sentir necessidade de ver o que estava por detrás daquelas paredes, em busca de liberdade talvez, principalmente da liberdade de encontrar-me a mim. Acontece que em vez de me encontrar, encontrei a Vida ( de uma forma colectiva).
A vida onde a realidade não era só aquela que existia no meu mundinho, mas sim no mundo de toda a gente.
A vida onde a dualidade estava presente de uma forma muito mais acentuada.
Onde a sociedade numa grande parte das vezes se baseava em valores completamente diferentes daqueles que se encontravam na relação que existe entre os meus pais. O verdadeiro amor incondicional.
A vida onde o medo era predominante... (cheguei a senti-lo imensas vezes e ainda o vejo na energia daqueles que, mesmo que por segundos, não conseguem sair da matriz.).
Não sabia o que fazer, sou sincera, tive mesmo medo porque aquilo que mais tinha ansiado, que era crescer, estava naquele momento a causar-me medo, dúvida, confusão e o vazio que pensava que iria desaparecer ainda continuava dentro de mim. Senti vontade de voltar para o sítio de onde tinha saído mas algo me dizia que não era esse o meu caminho e decidi reflectir sobre o que queria realmente para mim? Como iria preencher o continuo vazio que sentia?
Foi aí que percebi que quando paramos para observar verdadeiramente a situação em que nos encontramos e aquilo que sentimos, cria-se uma conexão com o momento presente, com o Agora, e que com essa conexão sincronizada as respostas vem por acréscimo na forma de sincronicidades. Passei a dar importância ao momento presente de uma forma constante e numa fracção de tempo percebi que o vazio, que até então me acompanhava, era fruto da falta de atenção á minha verdadeira essência, o "Eu sou". Desde então não sinto aquele vazio pois acho que a partir do momento que damos esse grande passo de consciência (o despertar), passamos a criar conscientemente a nossa jornada evolutiva e melhor ainda, a senti-la com toda a nossa genuinidade. É a ligação com o TODO. "Poeira estelar" em constante evolução.
Namastê