O puzzle cósmico está a ficar cada vez maior... e à medida que cada peça se vai juntando vamos nos tornando mais conscientes de quem somos, de onde viemos, e qual a nossa missão, neste belo momento de transformação.
Ter uma vida de sobrevivência deixou de fazer sentido para todos e começamos a entender que o que faz realmente sentido é termos uma vida de vivências. Uma vida que nos possibilite desfrutar e desenvolver os nossos verdadeiros potenciais, como seres de luz que somos. Olhem á vossa volta e digam-me que não percebem ou sentem a mensagem? Está tudo a passar-se bem diante dos nossos olhos, pelo mundo inteiro… Não estamos a conseguir tolerar mais todas as guerras que tem vindo a ser feitas, nem o medo que se tem vindo a aplicar como forma de mascara em cada um de nós. Estamos cansados de tanto sofrimento, ódio, raiva, tristeza… sonhamos com um mundo, em que as bases da vida são o amor, a Paz, a harmonia e idealizamos esse mundo como sendo uma das maiores vontades de toda a humanidade. Isto tudo porquê? Simplesmente porque, não é mais possível para nós sustentar um sistema que nos atrasa a evolução e que não é compatível com as novas energias que estão a manifestar-se em toda a parte, principalmente no próprio campo electro-magnético da Terra. Estas novas frequências estão a possibilitar-nos compreender conscientemente aquilo que está errado, o que devemos mudar e a que energias se deve aceder para co-criar e, desse modo, evoluir em plena consciência e harmonia.
A claridade e a confusão estão a fundir-se para criar novos padrões energéticos, tal como o medo e o Amor, o bem e o mal… e finalmente, estamos a entrar num período em que temos diante de nós a ponte que nos levará da dualidade á unidade. Ao uno. Ao todo. Mas irmãos não pensem que a importância está unicamente em chegar ao outro lado da ponte (á unidade). Observem o caminho que percorrem enquanto atravessam a ponte para o lado de lá, pois será nele que aprenderemos tudo aquilo que necessitarmos para poder chegar á unidade.
Mas lembrem-se que é preciso, antes de tudo, dar o primeiro passo para a aceitação daquilo que nos está acontecer, quer isso seja por nós considerado como sendo algo bom ou mau. Até porque quando aceitamos, percebemos que não existe bom ou mau.
É preciso também entender que a confusão e o caos que se instalou no mundo não passam de uma maneira de se fazer uma limpeza para atingir um nível mais elevado e equilibrado da vida, em todos os sentidos. E é nesta limpeza que deitaremos fora tudo aquilo que é dispensável ao nosso crescimento, a começar pelo ego que se alimenta da essência.
Uma vez depois de termos dado este passo, o grande caminho da jornada evolutiva consciente espera-nos de braços abertos e aí estaremos verdadeiramente preparados para entender os ensinamentos que o caminho tem para nos entregar. Seremos capazes de transmutar as energias negativas, de superar os limites desta dimensão para aí desfrutar de vários “sentidos” que estarão á nossa disposição noutras dimensões.
Parece-vos algo tirado de um conto de fantasia? Experimentem dar esse primeiro passo e irão perceber que, tal como costumo dizer, aquilo que sabemos não se equipara aquilo que ainda temos por descobrir e que nada acontece por acaso…
Namaste
Para redescobrir o agora, precisamos de olhar para trás, olhar para o lugar de onde viemos, para o estado original. Olhar para trás, nesse caso, não significa olhar para trás no tempo, retroceder milhares de anos. Significa olhar para trás na nossa própria mente, olhar para um ponto anterior ao começo da história, anterior ao início do pensamento, anterior à eclosão de qualquer pensamento. Quando estamos em contacto com este solo original, as ilusões do passado e do futuro nunca nos confundem, pois somos capazes de permanecer continuamente no agora.
ResponderEliminarEsse estado original do ser é comparável a um espelho primordial, cósmico e cristalino. Primordial, aqui, significa incondicionado, não causado por nenhuma circunstância. O que é primordial não é uma reação a favor ou contra uma situação qualquer. [...] à semelhança do espelho, é capaz de refletir tudo, do mais óbvio ao mais sutil, e continua a se manter como é. O quadro de referência básico do espelho cósmico e cristalino é extremamente vasto e está absolutamente livre de qualquer predisposição: matar ou curar, esperança ou medo.
A maneira de olhar para trás e vivenciar o ser do espelho de cristal é simplesmente relaxar. Relaxar, nesse caso, é algo muito diferente de amolecer ou ficar à toa [...]. Aqui, relaxar significa relaxar a mente e a alma, deixar de lado a ansiedade, os conceitos e a depressão que normalmente nos aprisionam. [...] Durante a meditação não nos colocamos nem “a favor” nem “contra” às experiências. Ou seja, em vez de louvar determinados pensamentos e reprovar outros, adoptamos uma atitude imparcial. Deixamos que as coisas sejam como são, sem julgamento, e assim nós mesmos aprendemos a ser, a expressar a nossa existência de maneira directa e não-conceitual. Esse é o estado ideal de relaxamento, um estado que nos permite vivenciar o agora do espelho cósmico. Na verdade, isso já é a vivência do espelho cósmico.
[...] Quando somos capazes de olhar para as coisas sem dizer: “Isso me é favorável ou desfavorável”, “Concordo com isso” ou “Não concordo com isso”, estamos vivenciando o ser do espelho cristalino, a sabedoria do espelho cósmico.
Chögyam Trungpa, Shambala, A Trilha Sagrada do Guerreiro